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quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Os Quatro Pilares da Educação - Um tesouro a descobrir (Jacques Delors)

TEXTO 05
Síntese
Para Delors a educação deve ser baseada em quatro pilares do conhecimento. Aprender a conhecer mostra a importância da cultura geral e do prazer conhecimento, para isso é importante que o aluno aprenda a exercitar a memória, a atenção e o pensamento. Aprender a fazer trata da relação da teoria com a prática e do desenvolvimento de habilidades e da capacidade de resolução de problemas. Em aprender a viver junto a questão central é trabalhar as diversidades para promover a descoberta progressiva do outro. E, por último, aprender a ser trata da descoberta de si, da sua criatividade e imaginação, sugerindo uma maior valorização da cultura na educação.
Comentário
A escola, como temos visto atualmente, na maioria dos casos, tem embasado a sua prática pedagógica voltada apenas ao cumprimento dos conteúdos a serem trabalhados; quando o importante seria promover subsídios para levar o aluno de encontro ao conhecimento, em todas as suas possibilidades. Focando sempre nos meios que podem ser utilizados para ajudá-lo a adquirir conhecimento e desenvolver suas habilidades e aptidões.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Tendência Liberal Tecnicista

TEXTO 02
Síntese
·         Na Tendência Liberal Tecnicista o papel da escola é o de modeladora do comportamento  humano  através de técnicas específicas;
·         Os conteúdos aplicados no ensino são informações ordenadas numa sequência lógica e psicológica e  encontram-se sistematizados nos manuais, nos livros didáticos etc;
·         São utilizados métodos especiais para a transmissão e recepção de informações;
·         A relação professor aluno é objetiva onde o professor transmite informações técnicas e o aluno vai fixá-las;
·         A questão da afetividade fica relegada a um segundo plano;
·         Nesta tendência a aprendizagem baseada no desempenho, pois, segundo essa tendência, aprender é  uma modificação do desempenho.


Comentário
          As escolas que adotavam essa tendência em meados dos anos 50, visavam apenas fazer com que os alunos se integrassem à máquina social (formava mão de obra), não era do interesse delas formar cidadãos críticos e preparados para uma diversidade de possibilidades na área profissional, o aluno era tratado simplesmente como mais uma peça que fazia parte da ordem social vigente no país.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo, torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente, ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor. Se a educação sozinha não transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda." Paulo Freire

Pessoal, visitem este a Biblioteca Digital Paulo Freire

http://www.paulofreire.ce.ufpb.br/paulofreire/principal.jsp

Aqui vocês vão encontrar um vasto material sobre a obra e a vida de Paulo Freire, inclusive áudio de entrevistas. É muito bom mesmo!!!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

PROFISSÃO PROFESSOR OU ADEUS PROFESSOR, ADEUS PROFESSORA? Exigências educacionais contemporâneas e novas atitudes docentes

TEXTO 03
Síntese e comentário.
O trabalho docente não está restrito ao pedagógico, ele carrega influências externas como as diferentes concepções de homem e sociedade, bem como do papel da escola frente a esses contextos.
Na prática escolar encontramos professores que baseiam seu trabalho em fórmulas canônicas, bem como aqueles que se influenciam nas tendências da moda. O risco nesse caso é o de acabar usando certas práticas sem um estudo mais profundo das técnicas e da sua eficácia. O que Saviani descreveu como o professor com a cabeça escolanovista numa realidade tradicional.
Em seu texto Libâneo discorre sobre as tendências pedagógicas utilizadas nas escolas mostrando o que há realmente por trás dessas tendências. Por exemplo, dentro da pedagogia liberal ele aponta quatro tendências. A tendência liberal tradicional tem a idéia de uma escola que tem por função preparar o aluno pra desempenhar papéis na sociedade a partir de suas próprias aptidões; porém o que realmente acaba sendo fortalecido são as diferenças entre as classes. A tendência liberal progressivista reforçaria o papel da cultura no desenvolvimento dessas aptidões individuais. Ou seja, o aluno sai preparado para “enfrentar” a sociedade aprendendo a “imitar” a vida. Na tendência renovada não-diretiva a escola assume o papel de desenvolver atitudes, ou seja, tem mais foco em questões psicológicas, do que em questões pedagógicas ou sociais. Com isso, espera-se promover uma mudança interna no aluno para que ele possa se adequar ao ambiente no qual vive. Por último, a tendência tecnicista, totalmente voltada a uma ordem social que privilegia o capitalismo, onde o ensino empregado é totalmente articulado com o sistema produtivo.
Já dentro da pedagogia progressista, Libâneo aponta três correntes: a libertadora (também conhecida como a pedagogia de Paulo Freire), a libertária e a tendência crítico-social dos conteúdos. A tendência libertadora e a libertária defendem a autogestão pedagógica e a antiautoristarismo. A libertadora vincula educação e luta de classe do oprimido, garantindo a ele o real conhecimento e conceituação de sua realidade. A libertária defende o uso prático para a incorporação do conhecimento, ou seja, o aluno precisa vivenciar para significar. Na crítico-social dos conteúdos a proposta é promover um confronto dos conteúdos com as realidades sociais, assim é preciso acentuar a importância desses conteúdos.
De acordo com o que apresenta Libâneo, percebemos que as tendências liberais (tradicional, renovada e tecnicista) não têm compromisso, nem em transformar a sociedade, tampouco com as transformações que já acontecem, assumindo assim uma posição neutra, mesmo que, na verdade, pretendem sim legitimar uma ordem social e econômica já estabelecida pelo capitalismo. Ao contrário do que se vê nas tendências progressistas, que propõem uma posição analítica e crítica desse sistema capitalista. Com sua posição empirista e marxista, essas tendências querem que o aluno produza e reproduza conhecimento, com texto próprio a partir do conhecimento de mundo que ele adquire com o suporte da escola.
Correntes modernas que vão de encontro com a necessidade de se formar homens! Homens que pensam, que expõem seus pensamentos e que estão também preparados para negociá-los e mudá-los sempre que, e se for necessário. Escola formadora, acima de tudo, de gente e não de mais robôs.




REF
LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? : novas exigências educacionais e profissão docente. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2000.